O QUE FOI A 1ª REUNIÃO DE COMPARTILHAMENTO EM PARAIBUNA-SP?
O primeiro encontro aberto, chamado de 1ª Reunião de Compartilhamento, no projeto do Plano de Educação Ambiental e Mobilização Social (PEAMS) da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul, foi realizado no dia 28 de novembro, das 9h às 13h, na Fundação Cultural "Benedicto Siqueira e Silva" em Paraibuna-SP. As reuniões de "Compartilhamento" foram distribuídas geograficamente no território da bacia e agrupam as cidades que possuem características parecidas, isso foi feito para diminuir o deslocamento e facilitar o encontro dos participantes, porque a Bacia do Rio Paraíba do Sul é muito extensa. Nessa ocasião o foco foi Jambeiro, Paraibuna, Santa Branca e Salesópolis, porém todo o território foi convidado. O encontro foi aberto à comunidade para discutirmos o PEAMS, compareceram cerca de 24 pessoas. O objetivo do encontro foi promover o espaço de fala e o diálogo para a população do Vale do Paraíba opinar na fase diagnóstica do Plano de Educação Ambiental e Mobilização Social da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul.
O QUE FOI DIAGNOSTICADO DURANTE 1 ª REUNIÃO DE COMPARTILHAMENTO EM PARAIBUNA-SP?
- Observamos a importância da identidade cultural para esses participantes, o que confirma, até o momento, as observações feitas durante as visitas às prefeituras na fase de mobilização anterior a esse encontro.
- Necessidade de integrar as iniciativas de restauração florestal a Educação Ambiental.
- Necessidade de ampliar o conhecimento da população sobre o Comitê das Bacias Hidrográficas do Rio Paraíba do Sul (CBH-PS).
- A desigualdade na distribuição dos recursos entre os municípios que, às vezes, é inversamente proporcional às necessidades, dificultando a estruturação das prefeituras (Por exemplo: há necessidade de incentivos financeiros para os municípios produtores de Água, menor IDH e maior área territorial).
- Contrariedade aos investimentos imediatistas que são suficientemente planejados apenas para a gestão corrente.
- Contrariedade aos planos de gestão teóricos.
- Importância de se abranger e valorizar no PEAMS, os conhecimentos tradicionais, ricos em saberes incorporados nas comunidades regionais, indígenas ou locais.
- Importância do PEAMS para otimizar os recursos (entende-se como recursos as iniciativas, verbas, pessoal e espaços existentes).
- Falta e/ou desconhecimento de diretrizes específicas locais, para educação ambiental nos municípios.
- Oportunidade e importância do incentivo ao Turismo Pedagógico.
- Divergência no significado de “participação”: para algumas pessoas significa estar presente em todas as etapas de construção e discussão de uma proposta, já para outras significa ser comunicada da proposta e receber a informação do que foi feito, ao final do processo.
- A falta de conhecimento e consciência sobre a importância da EA foi identificada como um desafio, porém, esta é consequência da falta de divulgação e participação, segundo o grupo.
- Necessidade de gerar novas táticas de compartilhamento de informações e discussões para atrair interesse da população (estratégias de comunicação).
- Necessidade de aproximação, fortalecimento e empoderamento das comunidades, in loco, levando os espaços de discussão para perto delas.
- Necessidade de orientação dos agentes públicos, e destes para a comunidade, sobre as formas de participação nos processos.
- Divergência sobre o entendimento da importância da representatividade.
- Distância entre as iniciativas e os atores que deveriam ser envolvidos e a falta de entendimento destes de que fazem parte do processo.
- Importância da anuência dos gestores para a participação dos servidores nos processos.
- Falta de entendimento de Meio Ambiente e Educação Ambiental como prioridades pelos gestores.
- Necessidade de participação e envolvimento dos diversos setores do Poder Público.
- Danos do imediatismo e a não compreensão do tempo necessário para os resultados dos processos de EA serem alcançados.
- Necessidade de iniciativas de mobilização de pessoas de forma verdadeiramente efetiva.